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Ceia da Silva, Presidente da Entidade Regional Turismo do Alentejo e Ribatejo

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Quais são as áreas no setor do Turismo que, na sua opinião, carecem de mais inovação?
O turismo teve uma evolução muito interessante nos últimos anos. A secretária de Estado do Turismo tem feito um trabalho notável, no sentido de captar novos mercados, criar novos produtos e uma estratégia para o turismo que está projetada até 2027. A grande fragilidade do turismo, é algo que afeta o nosso país no geral, a falta de pessoas para trabalhar no setor. Há um a falta de mão-de-obra considerável no setor do turismo, e tem que existir um reforço nesta qualificação que vai para além da mão de obra qualificada.
Que tipo de projetos de dinamização turística são necessários para a região do Alentejo/Ribatejo?
Mais importante do que é necessário implementar, é o que nós já estamos a fazer. A nível mundial estamos a implementar uma certificação reconhecida pelo setor, uma certificação biosférica reconhecida pela Unesco e pela Organização Mundial do Turismo, que permite certificar a componente do alojamento. O turismo em espaço rural no próximo ano se obtivermos de certificação, e ainda certificar os equipamentos de serviço turístico, para além da animação turística, certificar também os museus, as igrejas, os monumentos, e porquê? Para que tenhamos algo que seja uma referência de qualidade e excelência, o turismo e o turista é cada vez mais exigente, o que procuram é destinos com selo de qualidade. Esta certificação é extremamente importante. Depois temos uma outra linha de atuação, que passa por termos o primeiro observatório da Organização Mundial do Turismo em Portugal, o terceiro da Europa, que para nós é muito relevante. É um observatório que se foca na sustentabilidade, onde iremos trabalhar com universidades, tornando-se num turismo de diálogo com as comunidades próximas. Ou seja, este Observatório só faz sentido se as comunidades locais estiverem integradas, de beneficiarem desta aposta. Este Observatório é uma grande aposta nossa. Por outro lado, estamos a implementar ações na área do cycling, com mais de 1200km e com bons centros de BTT a funcionar nesta área, na área dos caminhos de santiago, 875km com dois percursos reconhecido pelas entidades competentes. Mas também estamos a trabalhar na valorização do património cultural e material, com novas rotas que valorizem os nossos produtos e que o mercado as procure. O Enoturismo é também muito importante para a nossa região, e que tem tido muita procura. Estamos a criar uma nova linha de atuação a nível de marketing com novos folhetos, novos sites, nova imagem, que nos vai permitir alavancar todos os projetos mencionados. Por último, referir a importância dos vários agentes locais privados e públicos que nos têm permitido este grande investimento e crescimento da nossa região a nível do turismo.